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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Feira da Agricultura Familiar estimula a economia, empregos e comercializa produtos de qualidade em Natal

Os primeiros raios de sol anunciam o início de uma feira livre que une qualidade, bons preços e estímulo ao desenvolvimento da Agricultura Familiar nos municípios próximos a capital. A Prefeitura do Natal reúne produtores todas as quartas-feiras, no Ponto 7, em Ponta Negra e, sextas-feiras, na Praça das Flores, em Petrópolis, das 5h às 9h. São cerca de 30 feirantes e um movimento que chega a 600 pessoas por dia. O volume de alimentos comercializados gira em torno de 10 toneladas por semana.
Alex Régis 
Os produtos são trazidos pelos próprios agricultores, quase em sua totalidade vindos de assentamentos rurais, que são fiscalizados diretamente pelos técnicos agrícolas da Prefeitura, garantindo a qualidade do que está sendo comercializado. “Nós visitamos todos os produtores. A qualidade é atestada por nossa equipe”, assegura Roberto Miranda, técnico agrícola do Departamento de Segurança Alimentar (DSA), da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas).

Segundo Miranda, além das frutas, hortaliças, carnes, peixes e outros, os assentados ainda tem acesso às mudas produzidas por meio da EMATER. “Eles trazem as mudas e aqui mesmo fazem negócio com elas, garantindo que todos possam ter novas mudas para plantar”, explica. A feira oferta produtos como hortaliças, verduras, frutas, queijo, galinha e ovos caipiras, bolo, beiju, tapioca, carne de sol, carne de cordeiro, linguiça do sertão, entre outros.

De acordo com a diretora do DSA, Elisângela Teixeira, os objetivos das feiras de agricultura familiar são gerar atividade econômica, com renda para os agricultores e garantir alimentos saudáveis para a população, sem custo com atravessadores. “A feira comercializa produtos orgânicos e convencionais e, desta forma, não pode ser intitulada apenas como Feira Orgânica. Em breve o DSA vai iniciar um trabalho de identificação para que os consumidores possam distinguir com facilidade quais produtos possuem certificado de orgânico”, assegura.

Os moradores dos locais próximos às feiras, principais clientes, aprovam a iniciativa que já chega ao seu terceiro ano. As donas de casa Ana Maria Maia, Graça Machado e Luíza Giló não perdem uma quarta-feira no Ponto 7. “Gosto demais. Todas as quartas eu venho. São produtos bons, de qualidade e com preços interessantes. É um excelente projeto da Prefeitura”, opina Ana Maria. “É muito bom. Não trouxe muito dinheiro e ainda assim estou levando alguns produtos para casa”, revelou Giló. “Acharia interessante até expandir para outros bairros”, aconselhou Graça.

O administrador Paulo Jorge, 33 anos ressaltou um ponto importante da presença da Feira da Agricultura Familiar no bairro: a economia de tempo. “Ir a um supermercado, toma muito tempo. Nessa correria dos tempos atuais temos que buscar alternativas como essa. Chego aqui, já sei o que quero, compro com preço bom, qualidade e saio para casa rapidinho”, revelou.

Os feirantes também estão satisfeitos com os negócios. Josimar Carlos de Araújo comercializa derivados do leite (queijos, manteigas, etc) há mais de dois anos na Feira. “Aqui a clientela é boa. Vendemos quase tudo que trazemos. Agradecemos muito a Prefeitura, pois temos filhos para criar e eles dependem muito dessa renda”, testemunhou.
Alex Régis

Luciene Soares, 32 anos, que vive com o filho, a mãe, pai e irmãos em um assentamento em Ceará-Mirim também comemora a oportunidade, principalmente em um momento de crise como o vivido no País. “Todos sentimos esse momento e esse espaço os ajuda muito com isso. Sempre trago meus produtos: alface, coentro, rúcula, mamão e hortaliças em geral. Quando não tenho trago os produtos da associação, mas estou aqui desde o início”, conta a agricultora que vive na Comunidade do Riachão.

Alex Régis
            
Segundo o técnico agrícola da Semtas, Roberto Miranda, o trabalho das Feiras segue em paralelo com outro executado pela secretaria. As mudas também são plantadas no Centro de Referência da Assistência Social (Cras), em Ponta Negra. Após a colheita, os alimentos são beneficiados pela Prefeitura para uso nos Sopões Solidários distribuídos gratuitamente entre pessoas carentes em bairros de Natal.



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