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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Trilhas são atrações do Parque da Cidade na Semana do Meio Ambiente de Natal


O Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte possui atualmente cerca de 5,2 km de trilhas, divididos em quatro percursos com características e distâncias diferentes, adequados para todos os públicos, desde crianças e idosos, até adultos acostumados com trechos longos e dificuldades maiores de terreno. As viagens guiadas são realizadas aos sábados, mas durante a Semana do Meio Ambiente, promovida pela Prefeitura de Natal, os grupos estão sendo formados diariamente, a partir das 8h. Para conhecer uma das trilhas, esta semana, basta comparecer ao Parque e procurar o setor de Manejo, até este sábado (10). O telefone para informações é o (84) 3232-3207.

As trilhas atualmente em operação são a da Bromélia, Preá, Embaúba e Vanilla. O Parque está sinalizando outras duas áreas que serão utilizadas por trilheiros. A Trilha do Horto, que terá próximo de 2.500m e a Trilha do Centro de Mudas, própria para crianças e que leva os “pequenos” até o novo viveiro de mudas do Parque. Hoje o número de pessoas que realiza o percurso mensalmente é próximo de 100.

“É nas trilhas que o visitante tem a possibilidade de se aproximar mais ainda das belezas do Parque. No solo não pavimentado eles podem ver rastros de animais, encontrar tocas de aves como as corujas buraqueiras, cobras, entre outros. É a oportunidade de ver a fauna, ou indícios da presença dela, além do grau de dificuldade maior que agrada aos trilheiros”, comentou Uílton Magno, chefe do setor de manejo do Parque.

Todas as trilhas são sinalizadas, com as áreas de risco possuindo estruturas de corrimão, feitas com carnaúbas. As visitas são acompanhadas com guias e a segurança é feita pela Guarda Ambiental. Além disso, todo processo de reserva entre os 20 lugares disponíveis (número determinado pelo plano de manejo para garantir a preservação) requer o preenchimento de um Termo de Conhecimento de Risco, de uma Ficha de Inscrição e a assinatura do Livro de Trilhas.

“Esse cuidado é necessário porque essa é uma área da natureza, com a presença de animais peçomhentos, não é um lugar qualquer. Existe a presença dos guias para minimizar os riscos, mas ele existe. A Ficha de Inscrição é um complemento desse procedimento, vez que nela anotamos informações para caso seja necessário informar alguém sobre algum ocorrido, ou até mesmo às equipes de primeiros socorros acionadas via SAMU”, explicou o chefe do setor de manejo. Já o Livro de Registro informa sobre quem realmente entrou na trilha, pois o trilheiro pode preencher os documentos anteriores, mas acabar desistindo antes de iniciar o percurso. “Assim controlamos quem foi e quem voltou das trilhas”, justifica Uílton.

As visitas guiadas são acompanhadas pelo técnico agrícola Delmo Wílson e pelo auxiliar de
campo Gailer Stânio, auxiliar de campo. Experientes e apaixonados pelo Parque, eles contam com orgulho que fizeram com as próprias mãos, várias das estruturas encontradas no local. Uma delas é a pequena mostra de plantas existentes por trás do hall do Parque. “Aqui as pessoas com dificuldade de mobilidade podem ter uma amostra das plantas e animais que verão na mata”, diz Stânio. “Eu mesmo confeccionei esses animais em madeira. As crianças e as mulheres adoram”, conta Wílson.

São eles quem explicam as características particulares de cada trilha, inclusive sugerindo quais seriam as mais adequadas para cada nível de preparo físico dos trilheiros. “As menores podem ser percorridas até por idosos e crianças, como por exemplo a da Bromélia, que só tem 600 metros (ida e volta). Já a Vanilla é reservada para trilheiros mais preparados pois além da distância de quase 2km (ida e volta) tem no trajeto subidas e descidas em dunas, o que dificulta muito”, explica Stânio.

A reportagem da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) percorreu a Trilha do Preá. Logo na entrada é possível encontrar a placa com a indicação das distâncias de cada uma das trilhas, bem como o pórtico de identificação.

Poucos metros depois, a mata fecha e o contato com a natureza é imediato. São diversos exemplares de Cajueiros, Mangabeiras, Angélicas, Camboins, Ubaias-doces e Cajarana. Além diso, é posível ouvir algumas espécies de aves e encontrar formigas dos mais variados tamanhos. “De vez em quando encontramos as Tocandiras, que impressionam pelo seu tamanho. Além disso temos os saguis que aparecem para comer as frutinhas do lugar”, diz Magno.

As bifurcações estão sinalizadas em Carnaúba, assim como corrimãos instalados em locais com barrancos, para evitar acidentes. Um local de descanso foi preparado especialmente sob a sombra preguiçosa do pé de Cajarana.

Ao fim do percurso de pouco mais de 1.200 metros, o trilheiro retorna pela área pavimentada e pode descansar e repor os líquidos na área de descanso, que possui uma pequena exposição com a fauna e flora do Paque da Cidade.

“Estamos sempre de braços abertos a todos os visitantes e principalmente para os trilheiros, pois uma Unidade de Proteção Integral, como é o caso do Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte possui regras e objetivos como: preservação ambiental, educação ambiental, turismo ecológico e pesquisa científica. Dessa forma, aqueles que fazem nossas trilhas só o fazem depois de conhecer a regras e por isso já tem a noção da preservação, automaticamente estão fazendo parte do processo de educação e com certeza se inserem na questão do turismo ecológico. Ou seja, é um visitante que pode viver 100% da experiência do Parque”, conclui o chefe do setor de manejo, Uílton Magno.

AS TRILHAS:

Bromélia – 600m
Destaca-se pela presença de algumas espécies da flora como orquídeas, bromélias entre outros. Ao percorrer a Bromélia, percebe-se a importância das dunas para a alimentação do aquífero da cidade. A trilha também proporciona a compreensão da origem do solo a partir da decomposição das folhas, arbustos e árvores, formando a serapilheira. Possui baixa variação topográfica, pequeno percurso. Ideal para crianças, idosos e gestantes em boas condições de saúde.

Preá – 1.200m
O seu trecho inicial coincide com aproximadamente 140m de parte da trilha das Bromélia. Não apresenta muita variação topográfica, pois o solo apresenta-se aplainado com trechos em piçarra em sua extensão até chegar à trilha pavimentada “Por do Sol”. A vegetação varia entre espécies da Restinga Arbustiva Esparsa e Densa e áreas se vegetação, em uma paisagem belíssima de dunas e vales dunares. Ideal para crianças, jovens, adultos e idosos em boas condições de saúde.

Embaúba – 1.600m
O trecho inicial coincide com aproximadamente 140m de parte da Trilha da Bromélia e 450m da Trilha do Preá. Apresenta importante porção de transição vegetativa entre Restinga Densa e Floresta Estacional Semidecidual. Longe da urbanização, é propícia para instrução, educação ambiental, observação de pássaros, árvores e reflexão espiritual. O público-alvo ideal são jovens, adultos e idosos em boas condições de saúde.

Vanila – 1.860m
Destaca-se pela presença de três tipos vegetacionais: Floresta Estacional Semidecidual, Restinga Arbustiva Esparsa e Densa. Ao longo do percurso, o visitante poderá observar várias espécies da Flora, como por exemplo a orquídea que dá o nome a trilha (Vanilla bahiana Hoehne). A trilha também proporciona belíssimas imagens dos vales interdunares, além da possibilidade de observação de aves nativas. Ideal para jovens, adultos e idosos com boas condições de saúde.




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