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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz realiza capacitação com agentes de combate às endemias de Natal

A pesquisadora Elvira Zamora Perea ministrou nesta quinta-feira (16), em parceria com a Prefeitura Municipal do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde,duas sessões de capacitação para agentes de combate às endemias. O objetivo da capacitação foi ensinar aos agentes como realizar a confecção e instalação de um novo sistema de combate ao mosquito Aedes aegypti.

As Estações Disseminadoras de Larvicidas são confeccionadas utilizando um recipiente de plástico, um pedaço de pano, água e 5g do pesticida Pyriproxyfen. O pesticida, originalmente em pó, é diluído em água até formar uma massa que possa ser distribuída com um pincel. Depois disso, esta massa é espalhada de forma homogênea sobre o pano, que está preso ao redor do recipiente com água. O intuito é que o mosquito, ao pousar no pano, fique com o produto nas patas, levando-o então para os criadouros.


O produto age sobre as larvas, que mesmo chegando à fase de pupa, não se transformam em mosquitos adultos capazes de se reproduzir. Além disso, o Pyriproxyfen também afeta o mosquito já completamente desenvolvido, diminuindo sua capacidade de pôr ovos e fazendo com que, dos que são postos, 80% não chegue a se transformar em larva.


O Pyriproxyfen já foi usado, com sucesso, no Peru. A partir desta experiência que os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz de Manaus resolveram desenvolver este sistema para ser implementado no Brasil. Inicialmente utilizado no Bairro de Tancredo Neves, na capital do Amazonas, o sistema se mostrou efetivo. Após este primeiro momento, as Estações Disseminadoras de Larvicidas foram instaladas na cidade de Manacapuru, onde foram igualmente bem-sucedidas.


Em Natal, este projeto é uma parceria da Secretaria Municipal de Saúde com a Fundação Oswaldo Cruz. Começa neste dia 17, sexta-feira, a instalação 3.164 copos disseminadores em diversos pontos da cidade, com foco em locais como escolas e unidades de saúde.


Elvira Zamora destaca a importância da participação popular na manutenção deste sistema. “É preciso manter os copos sempre em locais cobertos e sem sol”, recomenda a pesquisadora. O projeto terá a duração de 2 anos, com visitas e manutenções mensais.

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